Drogba diz que não se pode afirmar fé em Deus e não exercer o amor ao próximo
No dia 8 de outubro de 2005 a seleção de Costa de Marfim tinha acabado de derrotar o selecionado de Sudão e uns dos seus jogadores, a estrela do time, pronunciou um discurso que afetou uma nação. Didier Drogba entrará na memória não só como uns dos melhores jogadores da história do futebol mundial, mas também como um homem comprometido com a paz da sua nação e pelo bem-estar de crianças que vivem em risco devido a conflitos bélicos internos.
O amor pela sua nação e sua luta pela paz levaram a revista Times a considerá-lo uma das 10 personalidades mais influentes do mundo no ano 2010. Suas ações de caridade realizadas sem o conhecimento da imprensa nacional e internacional lhe deram fama de homem humilde e sincero. Ele deu apoio a instituições internacionais e também ajudou construir hospitais, escolas e centro para refugiados, doados às vezes do seu próprio bolso ou com a
ajuda que ele mesmo levantava em prol da sua nação. Hoje Drogba é uma verdadeira referência para seu povo e para o mundo.
Seu compromisso com a necessidade do próximo nasce não só da sua consciência humana, e sim também da sua evidente fé. Drogba que é cristão, quando marcou o gol da vitória do Chelsea na final da Liga de Campeões da UEFA, ajoelhou-se junto ao seu companheiro e amigo David Luiz e juntos oraram agradecendo a Deus pela vitória. Declarou em várias ocasiões e em diferentes meios de comunicação que ser um homem de sucesso não é suficiente sem um propósito na vida e que não se pode afirmar fé em Deus e não exercer o amor ao próximo.
Em meio a um conflito interno que beirava os conceitos de guerra civil, Drogba fezum discurso em 76 segundos que mudou uma nação. Hoje Costa do Marfim vive em paz e com sonhos que movimentam idosos e crianças. O futebol foi a desculpa de Drogba para unir um país. Sua fama foi uma estratégia. Drogba comanda este time e Deus comanda seu coração.
“Homens e mulheres do norte, do sul, do leste e do oeste, provamos hoje que todas as pessoas da Costa do Marfim podem coexistir e jogar juntas com um objetivo em comum: se classificar para a Copa do Mundo. Prometemos a vocês que essa celebração irá unir todas as pessoas. Hoje, nós pedimos, de joelhos: Perdoem. Perdoem. Perdoem. O único país na África com tantas riquezas não deve acabar em uma guerra. Por favor, abaixem suas armas. Promovam as eleições. Tudo ficará melhor. Queremos nos divertir, então parem de disparar suas armas. Queremos jogar futebol, então parem de disparar suas armas. Há fogo, mas os Malians, os Bete, os Dioula… Não queremos isso de novo. Não somos xenófobos, somos gentis. Não queremos este fogo, não queremos isto de novo.”
Fonte CPAD
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