No extremo noroeste da China, habitado por grupos étnicos minoritários muçulmanos (como o povo uigur, por exemplo), o governo chinês fez muito esforço para manter a região estabilizada desde os tumultos em 2007. Nos últimos anos, a polícia aumentou a segurança. Há carros blindados nas ruas, delegacias em cada esquina e toneladas de câmeras espalhadas por toda parte. A região agora está sob o que provavelmente é a mais intensa vigilância por parte do governo no mundo.
Como é a vida em um lugar onde cada movimento pode ser monitorado? “Cheguei a ser
revistada 37 vezes em um só dia. Quando você vai ao mercado, quando dirige um carro, quando vai ao cinema, quando pega um trem, até mesmo o seu smartphone é revistado”, conta uma líder cristã. “É como viver em uma grande prisão”, diz outro cristão local.
Durante anos, a China tentou suprimir um movimento separatista e derrotou os terroristas islâmicos sem hesitação. Para aumentar a vigilância à população, o governo recrutou seis vezes mais policiais neste ano do que no ano passado. Além disso, todos os apartamentos serão obrigados a colocar um código QR, contendo informações digitais de quem vive e ocupa aquele espaço para uma verificação regular. Devido às muitas revistas e monitoramento nas atividades religiosas, os cristãos estão se tornando raros.
As igrejas registradas pelo governo chinês também precisarão instalar um dispositivo para monitoramento durante os cultos de domingo. Qualquer pessoa que participar terá que registrar sua identificação ao entrar na igreja. Muitos cristãos deixaram de ir às igrejas registradas. Ore pela Igreja Perseguida da China, onde o cerco a cristãos tem se tornado cada vez mais opressor.
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