sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Por que o Natal é uma celebração cristã e bíblica


Muitos cristãos — talvez por falta de conhecimento — têm dito que o Natal é uma festa pagã, em razão de o catolicismo romano ter oficializado o dia 25 de dezembro como data de celebração do nascimento do Senhor, a fim de agradar grupos pagãos, no século IV. Ademais, eles afirmam que não há registro nas Escrituras de que o aniversário de Jesus tenha sido celebrado após o seu nascimento. E que, por isso, devemos celebrar apenas a morte do Senhor, obedecendo ao que está escrito em 1 Coríntios 11.23-34.

Em primeiro lugar, em 1 Timóteo 3.16 está escrito: “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória”. Neste versículo se exalta a obra redentora do Senhor Jesus como um todo, mostrando que devemos glorificá-lo por seu glorioso nascimento (ou encarnação), por sua morte expiatória e por sua ressurreição para a nossa justificação.

Não há dúvida nenhuma, à luz da Bíblia, de que o Natal é uma celebração genuinamente cristã, que transcende o paganismo. Ela não foi inventada pela Igreja Católica Apostólica Romana, como muitos têm dito, erroneamente. Essa grande festa de louvor a Jesus Cristo, com ênfase ao seu glorioso nascimento, tem, sim, o abono das Escrituras. E estas nos apresentam pelo menos duas celebrações do Natal de Cristo, em momentos distintos.

Em Lucas 2.8-20 vemos a primeira celebração do Natal de Cristo, que ocorreu na noite do seu nascimento. Anjos glorificaram a Deus pela encarnação do Verbo (Jo 1.1-14), e pastores que estavam no campo, ao receberem dos anjos “novas de grande alegria”, celebraram o Natal juntamente com o Menino Jesus, que ainda estava numa manjedoura.

Quando Jesus possivelmente completou dois anos de idade — ou seja, em um momento diferente do seu nascimento —, o Natal de Cristo também foi celebrado, desta vez com a presença dos magos do Oriente. Estes, diferentemente dos pastores, não visitaram o Menino quando Ele era um recém-nascido, como vemos nos presépios feitos pelo catolicismo romano, e sim quando Ele estava em umacasa.

Em Mateus 2.11 está escrito: “E, entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, lhe ofertaram dádivas: ouro, incenso e mirra”. Ao visitarem o Menino, aqueles estudiosos dos astros sabiam que Ele já tinha em torno de dois anos de idade, pois Herodes Magno, depois de chamá-los e inquirir “exatamente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera” (v. 7), “mandou matar todos os meninos que havia em Belém e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos” (v. 16). 

Diante do exposto, que não nos esqueçamos de que a obra redentora realizada pelo Senhor Jesus Cristo não se restringe à sua morte. Ela, na verdade, está em um tripé: encarnação, crucificação e ressurreição. Se Cristo não tivesse nascido para revelar a glória do Pai (Jo 1.14), não teria morrido para nos resgatar de nossa vã maneira de viver (1 Pe 1.18,19). E, se não tivesse morrido, não teria ressuscitado para a nossa justificação (Rm 4.25). Preguemos o Evangelho de Cristo, celebremo-lo por seu Natal, glorfiquemos o seu nome, independemente da data! Aproveitemos, pois, esse período do ano para apresentar ao mundo o verdadeiro sentido do Natal! Lembremos de que o apóstolo Paulo, em Atenas, aproveitou-se do altar erigido ao “DEUS DESCONHECIDO” para falar do verdadeiro Deus (At 17.22-31).

Ciro Sanches Zibordi
Fonte cpadnews

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